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Líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a deputada Fátima Nunes (PT) parece estar indecisa sobre sua própria declaração racial. Ano passado, quando conquistou seu sexto mandato na Casa, declarou à Justiça Eleitoral ser branca.
Acontece que hoje, pouco mais de um ano depois, disse na tribuna da Casa que tem “orgulho de ser preta”. “Por isso hoje encerro minhas palavras, dizendo a todos e a todas do meu orgulho de ser preta, de ser pobre, de ser mulher, mas estar aqui no 6º mandato, para lutar para que nossas comunidades tenham o direito de viver e viver com tranquilidade nos lugares onde estão, principalmente na agricultura familiar”, afirmou.
A autodeclaração racial tem gerado polêmica na política baiana. O caso mais notório foi o do ex-prefeito ACM Neto (UB), que foi massacrado pela oposição ao seu nome após declarar-se pardo. No PT, o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), mudou, em quatro anos, sua declaração racial de “branco” para “preto”. E a deputada federal Alice Portugal, também declarada “parda”, disse ser uma “pessoa não preta”.
