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Governo anuncia 1.719 municípios aptos a receber 95 cursos de medicina

Brasília, DF 04/10/2023 Os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Saúde, Nísia Trindade, durante lançamento do novo edital para a obtenção de autorização de funcionamento de cursos de Medicina no país. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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Nesta quarta (4), foi lançado edital com regras visando a desconcentração das vagas de formação dos profissionais

O governo federal lançou, nesta quarta-feira (4), o novo edital para obtenção da autorização de funcionamento dos cursos de Medicina no país. O lançamento, realizado pelos ministros da Saúde, Nísia Trindade, e da Educação, Camilo Santana, possui ênfase na retomada dos critérios definidos na Lei do Mais Médicos, como redução da desigualdade na distribuição desses profissionais pelo país e promoção da qualidade na formação superior. A previsão é de que o edital seja publicado ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.

Com isso, mantenedoras de instituições educacionais privadas passarão a ter a permissão de apresentar projetos para a instalação de novos cursos em municípios pré-selecionados. O objetivo é a formação de novos 10 mil médicos nos próximos 10 anos para suprir, de forma prioritária, os vazios assistenciais. Segundo o governo, o edital representa uma retomada do protagonismo do Estado na coordenação da expansão dos cursos de Medicina.

“Nosso propósito é retomar um trabalho que teve início no programa Mais Médicos lá em 2013, para a maioria da população brasileira ter real acesso a médicos, quando tínhamos 1,6 médicos por mil habitantes no país”, ressaltou a ministra Nísia. “Há estudos internacionais e no Brasil que demonstram como a interiorização dos cursos, com a residência, são fundamentais para a fixação dos médicos”, acrescentou.

O programa Mais Médicos bateu recorde histórico ao ultrapassar os 18,5 mil profissionais em atuação no país, apenas seis meses depois de sua retomada. Houve um crescimento de 35% no número de médicos no programa, desde janeiro. 

O MEC e Ministério da Saúde constataram conjuntamente o ritmo de expansão da formação médica, que é alto, mas identificaram a necessidade de desconcentração da oferta de cursos de medicina e de maior promoção da qualidade da formação médica.

A meta é atingir o indicador de 3,3 médicos por mil habitantes, recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Todo o trabalho foi feito a partir da análise do comportamento demográfico brasileiro e cenário futuro, considerando a projeção para 2033.

“Em primeiro lugar, temos o fortalecimento do SUS. Nossa proposta está dentro da Lei do Mais Médicos, tem o objetivo de focar na qualidade dos profissionais de saúde, contém o critério da desconcentração e prevê a fixação dos médicos, garantindo que possam ficar nos locais onde mais são necessários hoje. Se formos olhar a região Norte, por exemplo, temos a mostra da forte desigualdade”, afirmou o ministro Camilo Santana.

Detalhamento e critérios do edital

O edital visa ser a resposta aos desafios identificados sobre a formação médica com desconcentração regional. O documento tem abrangência nacional e toda a oferta será orientada por incentivos. A ideia é um chamamento público com um único instrumento convocatório, de caráter nacional, em que todos os municípios pertencentes a regiões de saúde com determinadas características, incluindo especialmente os déficits assistenciais, possam receber propostas para a instalação de cursos de Medicina. 

Das 450 regiões de saúde existentes, foram selecionadas 116, que correspondem a 1.719 municípios habilitados. Foram pré-selecionados os municípios em regiões com as seguintes características:

– Média inferior a 2,5 médicos/1.000 habitantes;

– Existência de hospital com pelo menos 80 leitos – o que contribui para a formação prática dos médicos;

– Capacidade para abrigar curso de Medicina, em termos de disponibilidade de leitos, com pelo menos 60 vagas;

– Não ser impactado pelo plano de expansão de cursos de Medicina (aumento de vagas e abertura de novos cursos) nas universidades federais.

O edital prevê, no máximo, 95 novos cursos no país, que poderão ser instalados no conjunto de municípios pré-selecionados, com a condição de haver apenas um curso por região de saúde. Isso considera a desconcentração e o impacto da abertura de curso de medicina na infraestrutura preexistente.

Confira a distribuição de cursos e vagas de formação prevista pelos ministérios da Saúde e da Educação:

UF Regiões de SaúdeMunicípiosCursosVagas
AL3322120
AM2172120
AP17160
BA1625715900
CE109710600
ES129160
GO2432120
MA91099540
MG7822120
MS133160
MT119160
PA1112611660
PB118160
PE71207420
PI3963180
PR71434240
RJ216160
RN2622120
RO19160
RR19160
RS111864240
SC364160
SP1414513780
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