O ex-prefeito de Salvador citou a Adab, a Agerba e a Agersa, como exemplos de agências que, segundo ele, precisam passar por intervenção
O candidato a governador da Bahia, ACM Neto (União Brasil) declarou nesta terça-feira (23) que as agências reguladoras e empresas públicas do estado foram loteadas politicamente nos 16 anos de governos do PT e que, por esse motivo, a eficiência foi perdida e ainda ressaltou que, caso eleito, vai priorizar os quadros técnicos na montagem da sua equipe, não apenas nessas entidades, mas também nas principais secretarias.
O ex-prefeito de Salvador também citou a Adab, de agropecuária, a Agerba, de transportes, e a Agersa, de saneamento básico, como exemplos de agências que precisam passar por essa intervenção: “Os quadros técnicos da Adab, por exemplo, foram escanteados. Qual foi a consequência disso? A pessoa que vive da agricultura familiar na Bahia hoje não tem assistência técnica. Porque eles acabaram também com a EBDA, que era uma empresa que funcionava”, disse em entrevista ao G1 Bahia.
O candidato pontuou como parâmetro a sua gestão à frente da capital baiana, quando priorizou o resultado do governo em relação aos anseios da política. Para isso, deu preferência à qualificação técnica na formação da equipe, tendo inclusive revelado novos quadros, oriundos do setor privado, para a gestão pública.
ACM Neto ainda afirmou que as secretarias de Segurança Pública, Saúde e Educação terão à frente delas perfis qualificados. “Nessas três, nós temos que olhar exclusivamente o critério técnico, pessoas que possam responder aos desafios dessas áreas. Quero ouvir sugestões, quero receber nomes, inclusive nomes de fora da política, como eu fiz na prefeitura. E, mesmo nas outras secretarias, que possam eventualmente ter quadros políticos, terão que ser políticos qualificados. O que não vai acontecer nas agências e empresas públicas, que serão fundamentalmente ocupadas por quadros técnicos”.
Citando a Cerb e a Empresa, como companhias que passaram por um loteamento político e que, o político explicou que, caso eleito, vão passar por um realinhamento sob o seu governo.”A Embasa infelizmente é uma das empresas de saneamento mais ineficientes do Brasil, e não é de hoje. E quem é que paga o preço por essa politização da empresa? O contribuinte, que paga a conta de água e muitas vezes não tem o serviço. Nós vamos redesenhar a Embasa”, disse.
“A Cerb sob nosso governo será fortalecida, especialmente porque a Bahia vive hoje um problema de segurança hídrica. Não há uma obra importante, sobretudo no semiárido, que tenha sido iniciada e concluída em 16 anos de governos do PT. Eu quero investir em novas barragens, na construção de adutoras, de canais, em projetos de irrigação e a Cerb terá um papel fundamental nisso”, completou.
Descentralização
O candidato do União Brasil trouxe ainda outra proposta ligada à gestão estadual, que é a de criar os Governos Regionais (GRs). A ideia é ampliar a presença do estado nas regiões mais distantes de Salvador, como o Extremo Sul, o Oeste e o Norte da Bahia, onde há uma queixa geral do distanciamento da administração pública. Cada unidade será responsável por executar o plano estratégico que será desenvolvido para cada região.
“Os GRs vão definir, junto às forças locais, quais são as metas, as iniciativas e os marcos de entrega para cada região do estado. Depois, vão acompanhar a execução das ações. Vão verificar se a alocação do orçamento público está compatível com o plano estratégico que foi desenhado. E eles vão ter poder de decisão naquilo que for possível decidir na ponta. Por exemplo, licenciamento ambiental. Não precisa alguém sair da Chapada e vir a Salvador para conseguir um licenciamento que pode ser feito na ponta, perto da sua realidade” explicou ACM Neto. Fonte: Bahia.ba