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Creche Celeste Moura, no Novo Horizonte, enfrenta risco de fechamento por falta de espaço

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Proprietário do imóvel solicitou a desocupação até novembro, deixando comunidade em alerta

A Creche Celeste Moura, localizada no bairro Novo Horizonte, poderá encerrar suas atividades devido à falta de espaço. A instituição, que há anos acolhe dezenas de crianças da comunidade, recebeu uma notificação de desocupação feita pelo proprietário do imóvel, que aluga o local, para deixar o prédio até o dia 16 de novembro. O pedido foi feito em maio, e a situação tem gerado preocupação entre pais, funcionários e moradores.

A creche, fundamental para o atendimento educacional de crianças, está sobrevivendo graças ao empenho da equipe pedagógica, de pais de alunos e de colaboradores da região. Sem apoio financeiro suficiente, o funcionamento do local está dependendo de doações de materiais de limpeza e higiene, além de contribuições de voluntários que se mobilizaram para garantir, ao menos, um ambiente seguro e digno para as crianças.

A decisão do proprietário de solicitar a desocupação foi recebida com apreensão pela comunidade escolar, já que a Prefeitura ainda não apresentou uma solução alternativa. Com a necessidade urgente de entregar o prédio, a continuidade das aulas está ameaçada, podendo até ser interrompida antes do prazo legal de 200 dias letivos.

A direção da creche tem buscado apoio da sociedade civil e de autoridades locais para tentar reverter a situação. Contudo, sem uma nova estrutura para abrigar a creche, o cenário de fechamento parece iminente. Pais temem pelos impactos no desenvolvimento das crianças, que correm o risco de perder meses importantes de aprendizado e socialização.

“É muito triste ver uma creche que faz tanto pelas nossas crianças passar por isso. A gente depende desse lugar, e não temos para onde levá-los se fecharem as portas”, lamenta, mãe de um dos alunos.

A Secretaria de Educação do município informou que está ciente da situação, mas não deu detalhes sobre os planos para realocar os alunos da creche Celeste Moura. Segundo a pasta, estão sendo feitas tentativas de diálogo com o proprietário do imóvel e busca por uma nova sede. No entanto, o prazo apertado e a falta de espaços disponíveis na região tornam a solução um desafio.

Enquanto isso, a comunidade se organiza como pode. “Estamos fazendo o que está ao nosso alcance, mas sabemos que não vai durar para sempre. Se não encontrarem um novo lugar logo, as crianças vão ficar sem aula”, explica uma das funcionárias da creche, que preferiu não se identificar.

O futuro da creche Celeste Moura está em jogo, e o prazo para uma solução definitiva se encurta a cada dia. Para a comunidade do Novo Horizonte, o fechamento da instituição representa não só uma perda educacional, mas também social, já que o espaço é visto como um importante ponto de acolhimento e apoio para famílias de baixa renda.

Uma solução à vista?

O bairro Novo Horizonte conta com uma creche padrão FNDE que está pronta, mas enfrenta problemas de embargo na obra, o que impossibilita sua utilização. Mesmo que fosse liberada, relatos indicam que a estrutura comportaria apenas cinco turmas, enquanto a Creche Celeste Moura atende atualmente 14 turmas, o que tornaria essa solução insuficiente para absorver toda a demanda.

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